quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Labradora sumida.



Essa linda labradora se chama Lanna e fugiu no bairro Grande Horizonte próximo ao cemitério. Qualquer informação, entre em contato com agente pelo telefone 9672-6327. Antecipadamente agradecemos.

Cães usados como isca para tubarão em ilha francesa

Cães e gatos, vivos e mortos, estão sendo usados como isca para tubarões por pescadores amadores na ilha sob administração francesa de Réunion, revelaram organizações de defesa dos direitos dos animais e autoridades locais. A pequena ilha vulcânica localizada ao largo da costa oriental de África está repleta de cães vadios, mais de 150000, diz Reha Hutin, presidente da organização com sede em Paris Fondation 30 Millions d’Amis.

Hutin enviou uma equipa de filmagens a Réunion no Verão passado, para obter provas documentais de que os animais vivos estavam sendo usados como isca para tubarões, com o objectivo de expor esta bárbara prática no programa de defesa dos direitos dos animais da organização na televisão.

Um veterinário conseguiu tratar com sucesso um dos cães, o cão de seis meses de idade com um anzol no focinho que se vê na foto acima, na SPA (Société Protectrice des Animaux) da capital de Réunion, St.-Denis.

Ao contrário da maioria dos animais usados nesta prática, o cão era o animal de estimação de alguém, revela Saliha Hadj-Djilani, repórter do programa televisivo da organização. O cão tinha, aparentemente, escapado aos seus captores e foi levado à SPA por um cidadão preocupado. Totalmente recuperado, o animal já está de regresso a casa e à companhia dos donos.
Os outros dois casos descobertos pela organização francesa eram de animais vadios, que vivem agora em França com novos donos.

O caso de Clain não é único, diz Fabienne Jouve da GRAAL (Groupement de Réflexion et d’Action pour l’Animal), uma organização de defesa dos direitos dos animais com base em Charenton-le-Pont, França. “Ultimamente, quase todas as semanas, temos encontrado cães com anzóis na ilha, para não falar de gatos encontrados nas praias e parcialmente devorados por tubarões.”

Os pescadores capturam os animais, colocam-lhes imediatamente anzóis, “ou pelo menos no dia anterior, para que sangrem o suficiente”, alguns escapam antes de serem atirados ao mar, outros não têm essa sorte.

Após os anzóis serem colocados nas patas e/ou focinhos, os animais são atados a tubos insufláveis com linha de pesca e largados no mar, relata o Clicanoo. Para evitar a detecção, os pescadores colocam o isco no meio da noite e regressam de manhã para verificar se capturaram algum tubarão.

“Este tipo de prática bárbara não tem qualquer tipo de desculpa em pleno século XXI”, diz Jouve .

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

PSEUDOCIESE (PSEUDOPRENHEZ) NAS CADELAS



Este fenômeno freqüente em cadelas, também denominado Falsa Prenhez ou Gestação Imaginária ou nervosa, caracteriza-se por aumento de volume das mamas e mesmo secreção láctea durante a fase do ciclo biológico sexual denominada Metaestro, fase essa do ciclo sexual em que o corpo lúteo (também denominado corpo amarelo) resultante da evolução do local onde foi expelido um óvulo está atuante, produzindo o hormônio progesterona. É portanto essa anormalidade do ciclo sexual nas cadelas uma manifestação puramente luteínica, em que o trato genital e principalmente mamas e útero sofrem efeitos do hormônio progestacional.

Para a boa compreensão dessa anormalidade nas cadelas, é necessário antes serem expostas as diferentes fases por que passa o organismo dessas fêmeas assim como todas aquelas mamíferas em geral, desde a puberdade até atingirem a maturidade sexual e estarem capacitadas para a procriação. Um ciclo sexual normal numa fêmea mamífera, também denominado Ciclo Estral, para efeito didático é dividido em diferentes fases, denominadas sucessivamente por: Proestro, Estro, Metaestro e Anestro. Cada uma dessas fases são perfeitamente individualizas uma das outras e caracterizam-se cada uma pelos seguintes sinais:

1 - PROESTRO
Inicia-se na puberdade, que ocorre nas cadelas em torno de um ano de idade, por aumento progressivo de volume da vulva, que pode atingir quase o dobro de seu tamanho habitual nessa fase. Sua mucosa torna-se mais avermelhada, e também mais lubrificada e úmida .

2 - ESTRO
É o período em que a fêmea aceita o macho e se deixa acasalar, tendo duração em torno de 9 a 12 dias nas cadelas. No início dessa fase ocorre a conhecida perda de sangue pela vagina, resultante do aumento da vascularização do próprio útero, que sob efeito do hormônio gonadotrófico secretato pela glândula hipófise está espessado e pronto para receber o óvulo quando fecundado, que nessa mucosa virá se aninhar, para assim poder receber os nutrientes necessários para se desenvolver e dar origem primeiro ao embrião, depois ao feto e por último ao filhote gerado. A ovulação, ou seja, rompimento do folículo ovariano pelo óvulo e sua subsequente progressão pela Trompa de Falópio e em seguida pelo corno ovariano ocorre durante essa fase, em geral no segundo dia do seu início, com duração média de 20 horas. Leva de 6 a 10 dias para esse mesmo óvulo quando fecundado já no corno uterino venha se aninhar no seio da mucosa uterina, ali se desenvolvendo por multiplicação celular e dando origem ao embrião, feto e seus anexos (placenta). É essa portanto a fase mais importante de todo o ciclo Estral, pois é nela que ocorre propriamente a fecundação do óvulo ou óvulos por diferentes espermatozoides ali depositados pelo macho no ato do acasalamento, e dela resultando quando tudo transcorreu normal, numa gravidez também normal e produtiva.

3 - METAESTRO
É a fase em que ocorre propriamente a gestação quando ocorreu fecundação, tudo comandado por efeito a distância de determinados hormônios secretados pela glândula hipófise, denominados fatores luteinizantes. Referidos hormônios secretados e depositados na circulação pela hipófise promovem a evolução do local dos ovários onde ocorreu ruptura e liberação de óvulos, em um verdadeiro calo de coloração amarela, e por isso denominado corpo lúteo, que passa a secretar o hormônio luteina. Referido hormônio também denominado Progesterona é o responsável entre outras coisas pelo desenvolvimento das mamas, nestas determinando o aumento de seus ácinos que mais tarde sob efeito do hormônio denominado Prolactina, este secretado também pela hipófise , terá sua secreção de leite iniciada e continuada.

4 - ANESTRO
É a fase do ciclo sexual em que esses mesmos órgãos estão adormecidos e se recuperando das fases anteriores, ou sucedendo a uma prenhez ou se preparando para futura gestação. No caso das cadelas que são consideradas monoéstricas, com dois ciclos por ano, ocorrendo o primeiro em torno dos seis a 9 meses de idade para algumas raças, ou entre 6 e 12 para outras raças, nessa fase a mucosa vaginal mostra-se de coloração rósea pálida e úmida, e o tamanho da própria vulva regride ao seu volume normal.

Conhecidas essas diferentes e sucessivas fases do ciclo sexual normal, a anormalidade conhecida por título e objeto deste texto, ou seja: Pseudociese das cadelas, fica mais fácil seu entendimento sob o ponto de vista hormonal.

Alguns autores consideram mesmo essa anormalidade do ciclo sexual como normal nas cadelas, sendo apenas uma intensificação das modificações produzidas durante a fase do Metaestro. A fisiologia no fenômeno é no entretanto ainda desconhecida, uma vez que a cadela está sempre em pseudoprenhez durante essa fase, já que o corpo lúteo normalmente persiste por 3 a 5 semanas quer tenha a cadela sido ou não fecundada e se tornado gestante durante o Estro. Ocorre mais freqüentemente em raças de porte pequeno, e em geral durante o período em que estariam amamentando caso tivessem sido fecundadas, o que não ocorreu e elas continuam a agir como se tudo tivesse transcorrido num ciclo gestacional. Algumas cadelas chegam a agir e demonstrar sinais de inquietação durante a fase presumida de um possível parto, só que não tendo havido fecundação nem gestação, não existem filhotes por nascer, porém elas chegam mesmo a terem as contrações que teriam caso estivessem em trabalho de parto. Chegam algumas fêmeas a terem seus ventres aumentados de volume sem no entretanto existir um útero contendo fetos.

Clinicamente, além do aumento de volume das glândulas mamarias e secreção láctea, produzindo desconforto do animal, observam-se modificações do comportamento da fêmea, que se torna nervosa, irritadiça, com extinto de maternidade, havendo mesmo relaxamento dos ligamentos da bacia, temperatura corpórea anormal (em geral quando ocorre é sub-normal), e mesmo movimentos de contração uterina para expulsão de inexistentes fetos. Em muitos casos, tendo havido cobertura do animal em sua fase de Estro, o próprio proprietário do animal fica na expectativa de que sua cadela está para parir, chegando a tomar medidas preventivas para o evento. Um profissional veterinário chamado nessas ocasiões, realizando a palpação abdominal e mesmo em alguns casos até uma radiografia terá dificuldade em convencer ao proprietário do animal de que sua cadela não está para parir, sendo apenas mais uma cadela com essa Gravidez imaginária.

Segundo Smith, as cadelas portadoras desse fenômeno apresentam recidivas e estão predispostas à hiperplasia do endométrio e piometra, que são doenças graves consideradas como evolução da própria pseudociese.

Os sintomas dessa doença, pois sem dúvida trata-se de uma anormalidade do próprio ciclo gestacional, em geral regridem após duas ou três semanas. Quando não, a administração de hormônio Metil-testosterona, por via oral, na dose de 0,5 mg por quilo de peso do animal, durante seis a dez dias, ou então Propionato de Testosterona na dose de 25-30 mg intra venosa levam a cura. É importante, no entretanto, a correta época para administração desses hormônios sintéticos, sob pena de insucesso.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Perguntas e respostas sobre ALERGIA em Cães.




O QUE É ALERGIA?
Alergia é uma doença em que o sistema imunológico reage anormalmente à substâncias comuns, tais como: Pólen, fungos, bolores, ácaros, pó, certos alimentos e substâncias químicas. Todas as reações alérgicas são desagradáveis, algumas muito sérias e poucas são fatais. As substâncias que causam as alergias são chamadas de alérgenos. Uma reação alérgica pode ser causada através da inalação ou da ingestão de alérgenos, ou pode ser resultado de um contato direto com a substância ao qual o animal é sensível.

QUAIS SÃO OS SINAIS DAS ALERGIAS?
O sinal mais comum das alergias em animais de estimação, é a coceira constante, irritação na face e lambedura ou mordedura das patas e em várias partes do corpo. Os locais mais comuns dos sinais da alergia são: flanco, patas, face, ao redor dos olhos, boca, orelhas e áreas próximas a base da cauda. Em cães, as alergias são freqüentemente a causa primária de problemas de pele persistentes, embora seja importante notar que nem toda a coceira é devido a alergia. As doenças da tireóide, infecções de pele, pulgas e micoses podem causar sintomas semelhantes.

COMO OS CÃES ADQUIREM ALERGIAS ?
As alergias têm várias causas, sendo que algumas delas têm origem genética. Filhos de pais com problemas de alergias, têm grande probabilidade de desenvolver algum tipo de problema alérgico durante sua vida. Os sinais de alergia nos animais de estimação aparecem após o contato com determinados alérgenos por vários meses ou até após alguns anos. O típico animal alérgico inicia os sintomas lambendo ou mascando as patas. Alguns destes sintomas são tão brandos que nem são percebidos pelo proprietário. Com a exposição contínua destes alérgenos, o animal irá gradualmente aumentar a gravidade dos sintomas. Após algum tempo, estes sintomas podem evoluir para um coceira persistente em várias partes do corpo chegando a formar feridas que freqüentemente se contaminam.

QUANDO OCORREM AS CRISES DE ALERGIAS?
Os sintomas das alergias vão ocorrer sempre que o animal é exposto a uma concentração elevada de alérgenos aos quais ele é sensível. Os alérgenos mais comuns, tais como: pó caseiro, ácaros de pó, fungos e leveduras, vão produzir sinais de alergia durante todo o ano, enquanto que alergias a plantas que polinizam durante a primavera ou verão, irão ocasionar sintomas de alergia somente durante estas épocas do ano. Alergia a alimentos podem ocorrer a qualquer época do ano. Para se conseguir um bom diagnóstico das doenças alérgicas, é necessário uma combinação de fatores tais como: Histórico clínico, exame clínico, teste alérgico e diagnóstico apropriado das doenças de pele secundárias que quase sempre estão associadas às alergias.

AS ALERGIAS PODEM SER PREVENIDAS?
Desde que a grande maioria das doenças alérgicas é herdada, não existe nenhuma maneira de preveni-las. Existe um consenso que as alergias podem ser controladas, mas não prevenidas. O melhor controle é conseguido evitando-se o contado do animal com os alérgenos a que ele é sensível. Por exemplo: Se seu cão é alérgico a pulgas, é importante controlar infestações de pulgas. Alguns alérgenos tais como fungos, bolores, pó, ácaros e pólen são muito difíceis de se evitar. Sendo assim, é importante encontrar formas alternativas de tratamento para controlar as alergias.

COMO POSSO DIAGNOSTICAR AS CAUSAS DAS ALERGIAS NO MEU ANIMAL?
Após um exame clínico completo, seu Médico Veterinário irá coletar uma pequena amostra de sangue de seu animal e irá encaminhar ao Laboratório. A amostra de sangue será submetida a uma bateria de mais de 80 testes diferentes, verificando-se a sensibilidade para inúmeros agentes causadores das alérgicas, tais como: Pólen de árvores, plantas, gramas, ervas, arbustos, pó caseiro, fungos, bolores e alimentos. Este número de alérgenos testados corresponde a aproximadamente 90 % das substâncias mais importantes existentes no meio ambiente, que podem ser causadoras das alergias. Toda esta bateria de testes é realizada com alérgenos encontrados no Brasil.

COMO AS ALERGIAS SÃO TRATADAS?
Existem várias maneiras diferentes ou combinações de tratamentos para controlar os sintomas clínicos das alergias. Medicamentos a base de corticosteróides de curta ação são geralmente utilizados durante um pequeno período de tempo para aliviar os sintomas da alergia. Estes mesmos medicamentos quando utilizados por um tempo prolongado, podem causar sérios efeitos colaterais para a saúde de seu animal, diminuindo a qualidade e a duração da própria vida. Corticosteróides de longa ação(depósito) não devem ser utilizados. Nos animais com sinais severos de alergias, ou quando os sinais clínicos persistem durante todo o ano, tratamentos específicos das alergias tais como a Imunoterapia (injeções de alérgenos), devem ser utilizados. Seu Médico Veterinário irá discutir com você, as várias alternativas de tratamento baseado nas necessidades de seu animal.

QUAL A PROBABILIDADE DE SUCESSO NESTE TRATAMENTO?
O sucesso deste tratamento depende de diversos fatores incluindo o estado geral de saúde de seu animal, as causas e a severidade dos sintomas da alergia e a própria resposta do paciente aos tratamentos preconizados. As etapas para o sucesso no tratamento das alergias são:

1. Identificação dos alérgenos aos quais seu animal é sensível através dos testes alérgicos, seguidos pelo tratamento por Imunoterapia.
2. Tentar reduzir ao máximo a concentração dos alérgenos no ambiente através da limpeza constante.
3. Dar a medicação recomendada por seu Médico Veterinário para controlar os sintomas clínicos.
4. Acompanhamento freqüente por parte do Médico Veterinário responsável pelo caso clínico.
A combinação destas terapias irá resultar no sucesso no tratamento e controle das alergias na grande maioria dos pacientes.

ALGUMAS SUGESTÕES DE CONTROLE AMBIENTAL

PÓ E ÁCAROS DE PÓ
Colocar uma capa plástica sobre a cama onde seu animal dorme. Lavar freqüentemente a cama com água quente(acima de 70ºC) Não deixe seu animal dormir em cima de madeira úmida ou mofada. Evite o contato com carpete ou tapetes. Limpe freqüentemente o local onde seu animal dorme.

FUNGOS E BOLORES
Evite deixar seu animal andar sobre gramados molhados, não tenha muitas plantas dentro de casa; evite deixar seu animal em locais úmidos dentro de casa tais como: banheiros ou lavanderia; utilize desumidificadores nos locais úmidos da casa. Seque bem seu animal após o banho.

PÓLEM
Evite campos gramados; mantenha a grama bem baixa; lave seu cão após o contato com gramas, ervas ou arbustos; mantenha seu cão dentro de casa durante o anoitecer e amanhecer; nas estações de polinização( primavera).

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Oito dicas para o cão parar de cavar o jardim


Revelo, neste artigo, as oito dicas que costumo dar aos meus clientes que não querem ter o jardim esburacado por seus cães

Muitas vezes, uma dica basta para resolver o problema das escavações caninas. Mas, para saber qual é essa dica, é preciso saber antes o que leva o cão a cavoucar.

1. Crie cantinhos excepcionais
Por instinto, o cão dá uma cavadinha onde irá se deitar - costuma fazer isso até em sofás e pisos frios! Normalmente, após a cavadinha, dá umas rodadas e se deita. Muitos cães gostam de deitar-se em lugares frescos do jardim ou que permitam acompanhar o movimento da casa ou da rua. O problema é que, muitas vezes, há um canteiro de flores ou grama justamente nesses lugares. O truque é preparar cantinhos perfeitos para o cão, levando em consideração o que ele mais deseja. Às vezes, até sugiro uma pequena reforma paisagística.

2. Gaste o excesso de energia
Quanto mais energia o cão tiver, maiores as chances de ele cavar grandes buracos. Uma maneira de controlar o excesso de energia é levá-lo para passear diariamente e/ou exercitá-lo bastante, com brincadeiras.

3. Combata o tédio
Cães também ficam entediados! Gostam de passear, caçar, brincar, etc., e não de ficar isolados em um quintal. Crie atividades para tornar a vida do seu cão mais interessante. Nem que seja escondendo petiscos no jardim para ele encontrar. Ler artigos sobre enriquecimento ambiental e comportamental ajuda a ter idéias para entreter o cão.

4. Evite que enterre objetos
Enterrar ossos naturais e alimentos para consumir mais tarde também faz parte do instinto canino. Muitos cães enterram apenas alguns tipos de objetos. Se o seu fizer isso, não deixe de lhe dar os objetos daquele tipo. Mas, em vez de entregá-los, mantenha-os amarrados numa corda. Assim, ele não poderá levá-los para enterrar. Um jeito de evitar que o cão se enrosque na corda é pendurar o objeto de modo a não encostar no chão. Esse método é útil também para combater a possessividade canina por determinados objetos.

5. Prepare um cantinho para grávidas
Cadelas prestes a parir ou com gravidez psicológica procuram cavar um ninho para os filhotes. Nesses casos, devemos preparar cantinhos perfeitos para elas. E, quando a gravidez for psicológica, pode-se, ainda, tratar a fêmea com inibidores de hormônio (consulte seu veterinário).

6. Torne desagradável desenterrar
Se o cão cava lugares específicos, antes de tapar os buracos encha-os com os próprios cocôs dele. É praticamente certo que isso o fará desistir de cavar aquele local. Com o tempo, você irá minando todos os lugares mais cavados. Essa é a minha dica preferida!

7. Reestruture seu jardim
Procure adaptar o estilo do seu jardim à presença canina. Às vezes, algumas pequenas alterações podem evitar muita dor de cabeça e proporcionar menos estresse no convívio. Pedras nos lugares em que o cão cava, assim como cercas e telas, podem, muitas vezes, ser a melhor solução. Um dos meus clientes resolveu o problema com telas postas no solo dos canteiros que o cachorro cavava. Nessa alternativa, caso se queira ocultar a tela, basta jogar um pouco de terra por cima. Ou esperar que as plantas cresçam. Há, porém, o inconveniente de ser preciso retirar a tela ou cortá-la, para plantar nova muda. Em alguns casos, sugiro construir uma caixa de areia no jardim para o cão poder se divertir, cavando. Afinal, cavar é um comportamento normal e saudável.

8. Só dê bronca durante a ação errada
Nem pense em dar bronca no cão se não for no exato momento do comportamento inadequado. Está mais que comprovado: bronca fora do momento exato, além de não funcionar, pode deixar o cão confuso, o que aumenta as chances de surgirem problemas de comportamento. A melhor ocasião para repreender o cão é quando ele começa a cavar um lugar proibido. Nesse momento, procure fazê-lo sentir desconforto. Jogue um pouco de água nele ou faça um ruído que o assuste, por exemplo. Mas só faça isso se ele não for medroso nem inseguro. Algumas pessoas conversam com o cão quando ele erra. Tentam explicar que agiu incorretamente. Não faça isso. O cão pode gostar dessa atenção e começar a cavar na expectativa de receber mais!

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Descubra o cão que combina com você


Saiba quais são as raças que mais se adaptam ao seu estilo de vida, idade e sexo.

Ter um cachorro em casa pode ser tudo de bom para quem quer companhia. Dóceis, calmos ou sapecas, os cães costumam doar e compartilhar emoções de forma sincera sem pedir muito em troca - só comida e carinho.

Às vezes, no entanto, essa relação prazerosa é prejudicada por falta de tempo, local inadequado ou estilos incompatíveis entre cão e dono. Por isso, antes de comprar ou adotar um cachorro, saiba qual raça combina melhor com o seu estilo de vida.

A reportagem do R7 listou, com a ajuda do médico veterinário e vice-presidente da Sociedade Paulista de Medicina Veterinária, Zohair Saliem Sayegh, os animais que melhor podem se adequar à sua rotina.

Veja quais raças são ótimas referências para conviver com crianças, jovens, adultos ou idosos, para quem mora em casa ou apartamento, sozinho ou com a família, e até para aventureiros que gostam de viajar com o seu pet.

O veterinário faz algumas recomendações importantes para antes e depois da escolha do bicho de estimação. Veja abaixo:
1 - Não compre por impulso. O cachorro é um ser vivo, não um objeto
2 - Conheça vários canis antes de comprar. O vendedor ressalta as qualidades do animal, mas esconde os defeitos. Alguns, no entanto, como pulgas e sarna, são visíveis
3 - Consulte um veterinário após a compra ou adoção, para conferir o estado real de saúde do bicho
4 - Mantenha a caderneta de vacinação do cão em dia

Para quem mora sozinho
O cão ideal para quem vive sozinho e fica horas fora de casa é aquele que faz o tipo independente, ou seja, que consegue ficar horas sem companhia, numa boa, à espera do dono. Sayegh recomenda três raças: collie, golden retriever e dachshund (o famoso “salsichinha”).

O comportado collie, apesar do porte avantajado, fica sozinho por horas sem fazer bagunça, sofrer ou chorar. Conhecido no cinema pelo personagem Lassie, ele só muda de comportamento quando está com o dono. Na presença dele, faz o tipo devotado, seguindo-o por toda parte, o que o caracteriza como um grande companheiro.

Da mesma forma é o golden retriever. Calmo e muito doce, ele brinca com qualquer objeto que tenha à disposição até o dono chegar. Tranquilão e elegante, o bicho pode ainda render uma boa paquera do tipo “qual é o telefone do cachorro?” ao dono que aproveitar para se exibir durante uma caminhada. Para criar ambos os cães com o mínimo de cuidado, mesmo sem muito convívio diário, é necessário escová-los todos os dias, pois são muito peludos.

Caso o morador solitário prefira um cachorro pequeno, o salsichinha é uma boa escolha. Bem independente, ele consegue ficar horas sem companhia, brincando sozinho. Quando o dono aparece, ele se agita e libera a energia acumulada.

Um exemplo de animal que pode dar trabalho ao morador solteiro é o labrador. Mesmo parecido com o golden, ele não se encaixa nesse perfil por dois detalhes essenciais: ele não gostar de ficar sozinho e precisa passear diariamente, caso contrário, se torna birrento e obeso.

De acordo com o veterinário, o labrador tende a roer e destruir objetos para preencher o tempo quando está sozinho. E se ficar sem fazer atividades físicas, pode engordar a ponto de sofrer problemas de artrite por causa do peso em excesso. A boa notícia é que a mania de destruição, típica da raça, pode acabar na fase adulta ou depois da castração.

Para quem mora com família e crianças
Os cães de companhia podem trazer ótimas formas de convívio em lares onde moram crianças. Raças pequenas como o maltês, o shih tzu, lhasa apso e o poodle costumam brincar com os pequenos de forma festiva, rolando no chão, sem usarem muita força, o que poderia machucá-los. Mas, segundo o veterinário, a criança pode também ter contato com animais maiores e até mais ferozes, desde que não se aproxime deles com agressividade.

- Se elas brincarem com agressividade, ele [o animal] responderá da mesma forma e, aí sim, claro, pode até mutilar.

Se a criança for um bebê que acabou de chegar ao lar, não há necessidade de privá-la do contato com o cachorro da casa. O ideal é ir deixando o animal se aproximar do berço aos poucos, sem reprimi-lo. Fechar portas ou impedi-lo de andar em locais em que ele estava acostumado a passar o deixará estressado.

Para quem mora em apartamento
Para Sayegh, não há grandes problemas em criar animais de estimação em apartamentos, desde que o tamanho do animal seja compatível com o do imóvel. Um cachorro de 40kg, por exemplo, vai fazer ao menos de dois a três litros de xixi por dia.

- Imagine isso em um apartamento não muito grande. Se ele não sair o tempo todo, ninguém consegue passar nem da porta, por causa do cheiro.

Se o cão só sair aos fins de semana para passear, ele pode ainda apresentar comportamento rebelde e sofrer queda exagerada dos pelos por causa do estresse de viver em um espaço reduzido. Por isso, o veterinário não recomenda criar raças muito grandes, tipo são bernardo e fila, em um apartamento de até 100 m2. Cães de companhia, ou de porte médio, como o beagle, podem ser criados sem problemas em apartamentos pequenos, médios ou grandes.

Para quem mora em casa
Uma casa com quintal ainda parece ser o melhor lugar para se criar um cachorro, certo? Nem sempre. A casa, espaçosa ou não, pode tanto melhorar o bem-estar do cachorro e sua relação com o dono quanto deixar o cão fora da convivência familiar. Se a família larga o bicho no quintal e só o vê quando leva comida, ele fica descuidado e carente.

Para mudar esse comportamento, o veterinário recomenda aos donos conviver com os animais limpos e asseados dentro da casa. A relação mais próxima entre homens e animais domésticos é uma forma saudável de troca de carinho, de acordo com Sayegh.

Na hora de escolher o cachorro para viver na sua casa, vale seguir a mesma regra do tamanho compatível. Os cães de companhia, aqueles considerados de bom comportamento, ou os de raças maiores são bem-vindos desde que tenham à disposição locais para fazerem as necessidades fisiológicas e caminharem.

Outra sugestão válida para casas são os cães de guarda. Em tempos de violência urbana, contar com eles pode ser uma escolha boa e barata. Cães das raças pastor alemão, rottweiller, fila brasileiro, boxer e dálmata são os melhores para colocar possíveis ladrões para correr, de acordo com o veterinário. Os últimos dois, apesar de serem brincalhões, metem medo pelo porte avantajado.

Os cães que combinam com idosos
Os campeões de audiência entre os idosos vão desde os de pequeno porte, como o shih tzu, lhasa apso e maltês, aos grandes, como o labrador. O último, além de ser um supercompanheiro, pode servir de cão-guia para idosos com dificuldades de locomoção ou que estejam com a visão prejudicada.

Diferente da pessoa que mora sozinha e precisa ter um animal mais independente, o idoso, que tem mais tempo disponível para ficar em casa, pode se afinar com um animal que adore ficar aos seus pés ou no seu colo enquanto ele assiste à televisão, por exemplo. Os de pequeno porte podem ser as melhores companhias, pois, assim como com as crianças, não usam muita força ao interagir com os seus donos.

A convivência entre animais e idosos pode ainda ser benéfica à saúde. Segundo o veterinário, a atenção do animal atua diretamente na melhora da autoestima e na vontade de viver de seu dono, já que muitos idosos ficam sozinhos ao longo do dia. Pesquisas já comprovaram os mesmos resultados em doentes crônicos.

Os cães que combinam com jovens e adultos
O jovem normalmente adora modismos. Com os cães não é diferente. Se tempos atrás a moda era ter um pit bull, sua fama de brigão o fez perder o posto para o inglês border collie. Os cachorros desta raça são considerados muito inteligentes e dinâmicos, de acordo com o veterinário. Fora o border, as raças de médio porte costumam fazer a cabeça de adolescentes por não fazerem muita sujeira, serem fáceis de conviver e de levar para vários lugares. A praticidade dos médios também atrai adultos, que muitas vezes evitam raças grandes por terem filhos pequenos.

Para quem gosta de viajar com o animal (aventureiro)
Neste caso, para evitar mais trabalho além da acomodação do bicho, o veterinário recomenda ter cães de pelo curto. Além de soltar bem menos pelos, o animal com essa característica exala menos cheiro quando transpira do que os peludos. No caso de uma viagem longa, eles correm menos risco de sofrer com o calor. Exemplos não faltam: salsichinha, pinscher, boxer, fox paulistinha, pug, bulldog, pit bull, chihuahua.

Vale ressaltar que a lista é de recomendações. Como disse Sayegh, “o melhor cachorro para se ter em casa é o que a gente mais gosta. O importante é mostrar que todas as raças são boas e que podem se adequar a qualquer ambiente”.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Meu filhote sempre chora durante a noite. O que devo fazer?


Essa é uma pergunta que temos recebido muito nos comentários aqui do blog. Diante deste problema, o certo é não perder a paciência, pois é super normal de acontecer.

O filhote chora porque sente falta da mãe e dos irmãos. Então, para acostumá-lo gradualmente a ficar sozinho, o ideal é dar um pano com o cheiro da mãe com o qual ele deve dormir. Manter um som baixo e constante vai fazer o cão lembrar da respiração materna e tende a acalmar o cachorrinho.

Um simples relógio que faça “tic-tac” pode ajudar nesta tarefa. Além disso, providencie para o cão uma caminha bem confortável e brinque bastante com ele antes de dormir, para que ele fique bem cansado e pegue no sono mais facilmente.

Importante: se o cãozinho insistir em chorar, nunca vá até onde ele está! Se o dono for ver o cão toda vez que ele chorar, ele vai entender que chorando ele consegue a sua atenção e passará a usar essa tática sempre. O ideal é ter certeza de que o cão está bem antes de dormir e depois ignorar seus chamados.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Cachorros que cavam o jardim‏


Um amigo meu tem um Rodhesian Ridgeback chamado Filet. O cachorro é lindo e muito brincalhão, mas tinha um problema super sério. Ele adorava cavar o jardim, vivia cavoucando o quintal e já chegou a estragar alguns canteiros.

A primavera é muito chuvosa e forma um barro danado, então imagina o desespero das pessoas com o cachorro entrando em casa com as patas todas sujas, sem falar que o quintal deles vai parecer um campo de batalhas.

Teve um dia que ele veio falar comigo, pois sabia que eu cuidava de cachorros. Vou contar para você a conversa que tive com ele. Foi mais ou menos assim:

Cavar faz parte dos hábitos ancestrais dos cachorros, que faziam isso para esconder comida e ossos, hoje escondem brinquedos, petiscos, meias, ou apenas cavam sem esconder nada. Cavar é muito divertido para ele, principalmente quando filhotes. Eles enterram coisas e depois vão procurar onde esconderam para desenterrar o objeto. Nesta brincadeira o seu jardim fica cheio de buracos, terra e plantas para tudo quanto é lado. Mas tudo isso é passageiro, com o tempo eles tendem a parar se você agir corretamente.

Cheiro de terra pode atrair muito os cães. Se for remexer no jardim, deixe-o uns dias longe do quintal até diminuir o cheiro e conseqüentemente diminuir a tentação dele em querer mexer na terra. Cães também aprendem por imitação - não cave buracos na frente do seu cão pois ele pode gostar da idéia e vai repetir o que você está fazendo do jeito dele, normalmente estabanado. E por fim cães podem cavar buracos por tédio, não ter o que fazer. Dar uma bola levemente murcha para ele brincar é uma ótima idéia para ele se distrair e esquecer-se das escavações.

Mas a coisa mais importante a fazer e o mais difícil sabe o que é?
É não ligar para os buracos dele ou as plantas que ele arranca dos seus vasos, não dar bronca ou bater no seu cachorro. Ele sabe que isso altera você e faz com que você fale com ele e lhe dê atenção. Torne esse hábito desinteressante para ele, ignorando-o.

Têm especialistas que indicam misturar as fezes do cachorro com e água e colocar nos locais que ele costuma cavoucar. Eu nunca precisei fazer isso, ainda bem! Mas tem gente que fez e disse que funciona. Há também alguns repelentes que podem ser borrifados em vasos ou plantas. Procure um Pet Shop que eles vão indicar um repelente adequado ao seu caso.

Eles também podem roer plantas em função da troca de dentição, pois quando isso acontece a gengiva coça bastante e roer tudo é uma maneira de aliviar esta sensação. Se for o caso do seu cão, dê para ele couro de boi próprio para cães, ossos ou mordedores que possam ser colocados no refrigerador, tudo isso alivia a coceira dele.

Não se esqueça, isso pode ser passageiro, só depende de você!

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Como lidar com ansiedade de separação‏.


Ansiedade de separação é um dos problemas mais comuns com cachorros. É definido como um estado de quase-pânico causado pela separação/ausência dos seus donos.

Com a nossa vida moderna e corrida, estamos a maior parte do tempo fora de casa trabalhando ou estudando. Assim que você sai de casa de manhã, seu cachorro entra em um estado de ansiedade que só vai piorando durante o dia.

Cachorros são animais sociais, eles precisam de companhia e socialização para ficarem contentes e tranquilos. Nenhum cachorro gosta de ficar sozinho por longos períodos de tempo, mas alguns sofrem mais que outros. Estes são mais propensos a terem ansiedade de separação.

Há várias causas possíveis para esse problema:

- Cachorros adotados da rua ou de abrigos tendem a desenvolver esta ansiedade. Muitos destes cachorros sofreram muitos traumas em suas vidas, separados de suas mães muito novos, abandonados por donos anteriores, fome, violência. Eles não conseguem confiar que seu novo dono (você) não vai fazer essas coisas com ele também.

- Cachorros separados de sua mãe e irmãos muito cedo são também candidatos para ansiedade de separação. Filhotes comprados em pet-shops são um bom exemplo: eles são retirados de sua mãe muito antes do mínimo recomendado (8 semanas) e ficam presos em uma caixa de vidro por semanas ou meses.

A separação da mãe associada com falta de exercício e falta de afeto enquanto estão na Pet-shop é muito traumático para os cachorros.

- Falta de atenção é a causa número um de ansiedade de separação em cachorros. Se você está ausente muito mais do que presente na vida de seu cachorro, algum nível de ansiedade é inevitável. Seu cachorro precisa de sua companhia, seu afeto e atenção para garantir seu bem-estar e felicidade.

Os sintomas de ansiedade da separação são bem claros: ele já começa a ficar agitado e ansioso antes mesmo de você sair de casa. Assim que ele percebe que você está se vestindo, pegando sua bolsa ou pasta, mexendo nas chaves ele já sabe. Ele começa a te seguir pela casa, gemendo, tremendo e chorando. Em alguns casos extremos, alguns cachorros podem até ficar agressivos tentando evitar a saída dos donos.

Assim que você sair, a ansiedade só vai aumentar e normalmente alcança o pico em meia hora. Muitos latem sem parar, arranham as portas e janelas (numa tentativa de fugir e ir atrás de você), cavam o jardim, roem e destroem suas coisas, ou até fazem xixi e cocô dentro de casa.

Em casos extremos, os cães podem desenvolver comportamento de auto-mutilação como lamber ou morder sua pele até ficar em carne viva, ou arrancar os próprios pelos. Alguns apresentam comportamento obsessivo-compulsivo como ficar girando sem parar ou seguindo o próprio rabo.

Quando você volta para casa, ele fica excitado demais, e fica pulando e correndo por um período anormal de tempo. O normal seria de meio a um minuto para um cão equilibrado.

Alguns donos acabam incentivando essa festa excessiva dos seus cachorros sem saberem que a origem é uma desordem psicológica.

Se você se comporta desta maneira com seu cachorro, por favor pare!

Eu sei que é bem gostoso fazer aquela festa com ele e incentivar seu cão a ficar correndo e pulando. Parece inofensivo, afinal de contas ele está apenas contente em te ver, que mal pode haver em dar uma atenção concentrada nesta hora? Na verdade, você está apenas validando a impressão dele que a sua chegada é o melhor momento do seu dia. Assim ele vai ficar super-feliz quando você chega, e na hora de você sair novamente essa felicidade exagerada vai por água abaixo. Eles ficam ainda mais infelizes quando você não está.