terça-feira, 27 de outubro de 2009

Como evitar o hábito de ingerir fezes.


Saiba que motivos levam os cães à coprofagia (ingestão de fezes), os problemas que esse hábito pode causar e como lidar com ele .

Apesar de ser relativamente comum que os cães comam fezes, seus donos ficam horrorizados com isso, preocupados e com muito nojo! Mas, para o cão, as fezes podem ser saborosas ou divertidas, ajudar a descarregar ansiedade e servir para chamar atenção. Podem até funcionar como pretexto para o cão imitar os humanos, que recolhem os excrementos dele quando faz cocô.

Para lidar com tantas possibilidades, são necessárias estratégias distintas. De maneira geral, as dicas que daremos a seguir podem ser usadas tanto para evitar que o comportamento comece, quanto para controlá-lo.

Fezes apetitosas
Por mais incrível e nojento que possa parecer, é comum que os cães gostem do sabor de algumas fezes. Muitos deles adoram comer fezes de cavalo, de gato e até de gente, e eles são saudáveis! Esse comportamento pode ser justificado do ponto de vista nutricional. Quase sempre há, nas fezes, algum alimento não totalmente digerido.

Por um lado, os cães com problemas digestivos desenvolvem deficiências nutricionais, o que pode alterar o apetite deles e torná-los mais interessados em fezes. Por outro, cães que não digerem completamente o alimento defecam fezes com mais restos de gordura e de proteína, ou seja, que são mais apetitosas.

Quando o cão come fezes, o ideal é que ele passe por uma consulta veterinária para avaliação de eventual deficiência nutricional ou digestiva. Recomenda-se também que as fezes dele sejam analisadas com o objetivo de detectar se há restos de proteína e de gordura ou para verificar se há deficiência de determinadas enzimas.

É bom que a avaliação seja feita tanto com o cão “comedor de fezes” quanto com o cão que produziu as fezes que foram ingeridas, pois o problema pode estar num ou no outro.

Existem produtos, no mercado, para colocar na ração e deixar as fezes menos apetitosas. Alguns cães, porém, só param de comer as fezes enquanto esses produtos são adicionados. Quando o tratamento cessa, voltam ao hábito. Por isso, sempre recomendo seguir dicas comportamentais, como as dadas a seguir.

Por brincadeira
Alguns cães brincam com as próprias fezes e acabam comendo pedaços delas. Isso ocorre mais freqüentemente com filhotes, mas há adultos que continuam com o hábito por toda a vida. O comportamento também é mais comum em cães que ficam presos em locais pequenos e que dormem perto de onde fazem as necessidades.

A melhor maneira de evitar que o cão brinque com fezes é manter o ambiente limpo, livre de fezes e de urina. Procure também posicionar a caminha, o comedouro e a água do filhote no canto oposto ao do “banheirinho”.

Praticar brincadeiras e atividades físicas com o cão assim como deixar brinquedos ao alcance dele são iniciativas que ajudam a evitar a insistência em usar fezes para brincar.

Por ansiedade
Muitos cães só ingerem fezes quando estão ansiosos, geralmente por terem ficado sozinhos em casa ou por não estarem recebendo atenção de seus donos (ansiedade de separação). Nesses casos, a melhor maneira de lidar com o problema é aumentar a atividade física do cão e tratar a ansiedade. Um dos tratamentos é chegar em casa sem fazer festa nem dar bronca no cão.
Costuma ser exatamente o oposto do que as pessoas fazem. Festejam o cão até perceber que ele comeu cocô. Aí passam a dar bronca. Agindo assim, só pioram o problema, pois, quanto mais eufórica e tensa for a chegada dos donos, mais o problema aumenta quando o cão é deixado sozinho.

Para chamar atenção ou por imitação
Muitos cães observam que o dono corre com grande interesse para recolher as fezes assim que são expelidas. Alguns deles tentam pegar as fezes antes que o dono consiga alcançá-las. O problema é que, em vez de jogá-las no lixo ou na privada, eles as engolem.

O truque para evitar essa competição é recolher as fezes calmamente, permitindo, inclusive, que o cão as cheire. Para conseguir isso, recomendo oferecer um petisco bem gostoso, assim que o cachorro terminar de evacuar. Ao mesmo tempo, joga-se um produto bem amargo e não tóxico em cima das fezes. Desse jeito, após ingerir o petisco, o cão poderá cheirar as fezes sem se sentir atraído por elas. E o recolhimento delas poderá ser feito com calma, sem que o cão veja isso como uma competição.

Por receber petiscos como recompensa, o cão passará a fazer as necessidades mais vezes na frente do dono. Ótimo para poder recompensá-lo novamente e jogar o produto amargo em cima das fezes!

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Por que alguns cães odeiam ficar sozinhos?


Saiba quais motivos podem levar o cão a se desesperar ou a ficar deprimido cada vez que os donos saem . O seu cão odeia ficar sozinho? Ele não é o único. Existe até um nome específico para esse problema: ansiedade de separação.


Desespero Uma das manifestações do problema é facilmente percebida. O cão late sem parar, chora, arranha ou morde a porta, baba, se lambe ou se morde. Há ainda reflexos como aceleração dos batimentos cardíacos e aumento de cortisol, hormônio relacionado com o estresse.


Depressão Outra possível consequência da ansiedade de separação é o estado depressivo. Nada motiva o cão enquanto ele está sozinho. Não bebe água, não come, ignora diversos estímulos que o motivariam se estivesse com os donos. Por um lado, esses comportamentos incomodam menos e chamam menos a atenção que o desespero, mas, por outro, o animal pode estar sofrendo física e psicologicamente, o que produz alta taxa de hormônio do estresse e aumenta o risco de contrair problemas de pele, câncer e outras doenças.


Causa Quando lobos e cães selvagens estão em grupo, têm maior chance de sucesso nas caçadas e de sobreviver. Para eles, portanto, estar sempre em grupo é uma questão estratégica. Essa programação genética é herdada também pelos cães, inclusive por aqueles que vivem no aconchego de um lar humano. E essa tendência natural pode ser amenizada ou piorada, dependendo das nossas atitudes.


Não estimular A maioria dos cães tem de ficar sozinha em um ou outro momento. Entre as iniciativas que podem evitar a ansiedade de separação, uma é não supervalorizar as saídas e as voltas ao lar. Nunca saia de casa se desculpando para o cão, preocupado ou ansioso demais. Nem chegue fazendo muita festa. Ao contrário, nesses momentos mantenha-se relaxado e evite retribuir a festa. Não é fácil, mas vale a pena: o cão será diretamente beneficiado.


Onde deixar Se o cão tem acesso aos quartos e à sala de TV na sua presença, não restrinja a permanência nesses espaços quando ele estiver sozinho. Ficar exatamente onde você costuma ficar faz o cão se sentir melhor. Mais ainda se naquele lugar vocês costumam interagir e permanecer juntos por bastante tempo. Dormir no seu sofá preferido ou sobre o seu travesseiro são ótimas maneiras de diminuir a ansiedade do cão.


Se isso não for possível, adote outra estratégia. Procure fazer da caminha dele o "centro da matilha". Deixe nela o seu cheiro e permaneça mais tempo perto dela, com ele. Assim, o cão não se sentirá tão excluído quando for preciso deixá-lo sozinho.


Seu cão não é sua sombra O cão que nos segue o tempo todo dentro de casa costuma sofrer mais quando fica sozinho - a ruptura se torna radical se, o tempo todo, ele nos vê, ouve e cheira.Para diminuir o excesso de proximidade, a solução é ensinar o comando “fica” e pô-lo em prática algumas vezes por dia. Comande “fica” quando você for para a cozinha, por exemplo. Dessa forma, além de o cão se acostumar com as suas ausências temporárias, perceberá que você volta sem ele precisar latir ou arranhar a porta.


Evitar traumas Podemos dizer que os cães têm medo de ficar sozinhos e que, se ocorrer algo assustador ou muito desagradável durante a ausência dos donos, esse medo tende a aumentar. Por isso, se você souber que haverá estouro de fogos, uma tempestade ou algum outro evento que possa ser assustador, não saia de casa se for possível. Ou, então, dê um remédio para acalmar o cão e ele não sofrer muito nem se traumatizar. Avalie qual é o melhor medicamento para esses casos com um médico-veterinário e procure testar o medicamento algumas vezes antes de sair de casa.


Caça a petiscos Esconder petiscos pela casa para serem encontrados pelo cão durante a ausência dos donos ajuda a entretê-lo, a relacionar solidão com comportamentos prazerosos e a torná-lo menos ansioso. Normalmente, para aumentar o interesse do cão, é preciso estimular o apetite dele. Se ele estiver um pouco ou muito acima do peso correto, situação bastante comum, bastará deixá-lo com o peso adequado para o apetite aumentar bastante.


terça-feira, 6 de outubro de 2009

Como Escovar os Dentes Pode Melhorar o Comportamento do Seu Cachorro?


Talvez você ainda não saiba, mas a saúde dos dentes do seu peludo é muito importante e pode garantir muitos anos de vida a mais para ele, além de tornar o convívio entre vocês mais agradável.

Quantos dentes o cachorro tem?
Os filhotes possuem 28 dentinhos de leite. Isso mesmo, os filhotes possuem dentes de leite que começam a cair por volta dos 3 meses e meio de idade. Logo em seguida começam a aparecer os dentes definitivos que na maioria das raças são 42. O cães costumam estar de “dentadura” totalmente nova, ou seja com os dentes definitivos totalmente posicionados por volta dos 7 meses de idade.

Você sabia que dentes limpos garantem mais anos de vida para o seu bichão?
A falta de escovação da boca do seu peludo causa mais do que o famoso bafo-de-onça, ela ajuda na proliferação de bactérias que criam as placas bacterianas, o acúmulo de tártaro (uma crosta amarelo-amarronzada que aparece principalmente nos dentes caninos e molares dos cães), e mais do que isso, podem provocar doenças em outros órgãos do corpo do nossos peludos, como infecções no coração, doenças no fígado e nos rins.

Tal como nós, nossos peludos podem desenvolver doenças na boca, pela falta da escovação e pela falta de tratamento em um veterinário. Algumas destas doenças são:

Gengivite: inflamação das gengivas que pode se transformar em periodontite. Os sintomas da gengivite são sangramentos e vermelhidão da gengiva, desconforto e dor, além de dificuldade em mastigar.

Periodontite: mais séria do que a gengivite, a periodontite é uma infecção que pode se espalhar pelos tecidos e pelos ossos em que as raízes dos dentes se prendem. O comprometimento destes ossos pode levar a perda dos dentes e é irreversível.

E que o tártaro acumulado nos dentes dos cães podem causar infecções que podem levar a morte?
Uma boca doente não se resume apenas a um bafinho ruim de doer, nem mesmo se resume apenas a boca do seu cão. O coração, o fígado, os rins, o trato intestinal e até as articulações de nossos amigões podem ser afetados. O tártaro e a infecção da boca contém várias bactérias que podem se espalhar e se desenvolver em outras partes do corpo. Somente o cuidado regular dos dentes do seu bichão e visitas periódicas ao veterinário podem prevenir problemas mais sérios.

Você sabia que não se pode usar pasta de dentes de humanos em cães?
É preciso lembrar que o cão não tem como enxaguar a boca e cuspir a pasta de dente, como a gente faz. O flúor contido na nossa pasta de dente faz mal se for engolido, e os componentes da pasta de dentes humana (como alguns detergentes, por exemplo) podem causar irritações no estomago dos nossos cães.

A escova de dentes também precisa ser especial.
Os cães têm a gengiva bastante delicada e sensível. Usar uma escova de dentes inadequada pode machucá-los, causando desconforto e dor. O ideal é usar uma escova apropriada, ou uma “dedeira” que é uma escova de borracha que você coloca no dedo e massageia e escova os dentes do seu peludo com a maior facilidade.


Mas qual é a melhor idade para começar a escovar os dentes do cão?
De acordo com a American Veterinary Dental Society (AVDS) 80% dos cães com 3 anos de idade possuem alguma doença oral. Quanto mais cedo você começar a ensinar o seu filhote a deixar escovar os dentes, melhor.

Ao ensinar o seu filhote a relaxar e deixar ter seus dentes escovados e a gengiva massageada, você estará contribuindo para que ele tenha uma vida mais saudável, mas também estará desenvolvendo um importante trabalhado na educação e na relação entre vocês dois. Relaxar e deixar o dono “esfregar” a boca é um sinal de confiança e de submissão (no bom sentido) por parte do filhote. Este ritual ajuda a você manter o seu papel de líder, e se for executado de forma correta, diminui as chances do seu peludo se tornar agressivo e fora do controle sempre que tiver que ser examinado, contido, ou manipulado.

E como acostumar o cão a deixar ter seus dentes escovados?
  1. Escolha um local calmo, sem distrações e em um horário que seja tranqüilo para você e para o peludão. Nada de querer fazer as coisas com pressa.

  2. Deixe o cão se acostumar aos poucos com esta estória nova. Durante os 3 primeiros dias apenas ofereça um pouquinho de uma pasta de dentes canina no dedo e deixe o peludo lamber a vontade. Aproveite para fazer um cafuné no bichão.

  3. Nos próximos 5 dias coloque um pouquinho de uma pasta de dentes canina no seu dedo, acomode o bichão no seu colo, ou na posição preferida dele para receber carinhos, e massageie o seu dedo na gengiva dele por uns 5 segundos. Não use a dedeira ainda, nem é preciso "escovar” toda a boca.Comece massageando apenas os dentes da frente ou uma das laterais da boca. Observe o ponto que o seu cão fica mais relutante em deixar escovar e a cada dia dedique um segundo a mais justamente neste ponto. Termine a massagem da gengiva sempre no ponto da boca que ele fica mais relaxado. Ao final desta breve seção faça bastante carinho e ofereça um pouquinho de água para nosso amigão.

  4. É hora de introduzir a dedeira de borracha. Repita o programa de 5 dias como foi descrito no item 3, desta vez usando a dedeira.

  5. Você já está trabalhando a 13 dias neste intensivão e já deve ter conquistado alguns progressos. Se o seu peludo já aceita bem a escovação, vá em frente e trabalhe a boca toda, pelo menos 2 vezes por semana. Se vocês ainda precisam de algum tempo para se adaptar ao ritual da escovação, procure dividir a tarefa em duas etapas. Escove uma metade da boca primeiro, e então libere o peludo para brincar ou fazer qualquer outra coisa. Em uma outra hora do dia que vocês estejam relaxados novamente aproveite para escovar a metade que ficou faltando. Mantenha este esquema até o seu peludo começar a aceitar a escovação com naturalidade.

  6. Enquanto o seu peludo estiver se acostumando a ter os dentes escovados, tenha o cuidado de parar a sessão antes dele ficar irritado e irrequieto. Se ele desconfiar que dando chilique vai se livrar da escova de dentes, vai ficar cada dia mais difícil de tratar da boca do bichão.

  7. Escove sempre de uma maneira bem gentil e sem fazer força contra a gengiva de seu peludão.

  8. Faça movimentos circulares lentos e certifique-se de massagear a linha da gengiva, além da parede dos dentes.

  9. Certifique-se de escovar os dentes do fundo da boca e os caninos, pois é neles que as placas se formam mais freqüentemente. Também não se preocupe em escovar os dentes pelo lado de dentro da boca do bichão, pois as placas e o tártaro normalmente se aderem na face externa dos dentes.

  10. Use uma porção pequena de uma pasta de dentes canina para cada lado da boca o seu bichão.

  11. Sempre termine cada sessão fazendo um belo carinho no seu peludo.

  12. Escove os dentes do peludão pelo menos 2 vezes por semana.

E quais são os benefícios para o comportamento do cão?
Como a gente já disse antes, um cachorrinho que é ensinado a ser manipulado e examinado desde pequeno tem muito menos chances de desenvolver sinais de agressividade por dominância contra seu próprio dono.

Ao começarmos a educar um filhote com apenas 60 dias de vida é fisicamente muito mais fácil de segurá-lo na posição correta e de controlar qualquer tentativa de não se deixar submeter. Com calma e firmeza, ao escovarmos os dentes do peludo, estamos passando uma mensagem para ele de que somos fisicamente mais fortes (em que se tratando de certas raças deixará de ser verdade em muito pouco tempo, mas o peludo nunca vai saber disso), que somos “autoritários” como os bons líderes devem ser, mas que também somos confiáveis, pois não iremos machucar o nosso amigão.

Se o seu cão se tornar realmente difícil para escovar os dentes, mesmo seguindo todas as nossas orientações, é provável que você precise de um profissional para lhe ajudar a avaliar os possíveis desdobramentos deste comportamento no futuro, e aproveitar para traçar um plano para evitar que o cão se torne fonte de medo, intimidação, ou tristeza para a família.

Ao deixar ter seus dentes escovados, o filhote, ou mesmo um cão adulto, vai se tornando cada vez mais relaxado quando precisar ser manipulado pelo veterinário, ou pelo tosador, sem falar pelo próprio dono. Ficar calmo, sem se debater, com confiança nas pessoas que estão fazendo a limpeza de seus dentes, facilita muito a vida do peludo e de todo mundo também.

A relação homem / cão fica mais saudável, mais harmoniosa, mais amiga, mais parceira, mais confiável.

Viu como escovar os dentes do seu cão melhora muito a qualidade de vida de seu melhor amigo? Estamos pensado não só no bem-estar físico do peludo, mas principalmente em uma maneira de você se relacionar com ele sem estresse desnecessário, e sem mordidas e mau comportamento no futuro.

Uma observação:

A escovação regular com uma boa pasta de dentes canina previne a formação das placas bacterianas e do tártaro, mas se o seu peludo já está com os dentes muito sujos, leve-o para uma consulta com o seu veterinário de confiança para avaliar a necessidade de fazer uma remoção profunda. Depende de cada cão, mas normalmente seu amigão poderá precisar de uma limpeza profissional a cada 3 anos.

Consulte sempre o seu veterinário de confiança e siga à risca os conselhos dele. É importante evitar uma limpeza de tártaro prevenindo o problema, mas não fingindo que ele não existe.

Escovar os dentes é saúde,educação e amor para com o seu peludo!